Não sei porque, mas no fundo eu acreditava que havia resposta para tudo. Provavelmente essa crença tenha relação com a minha formação (teológica e filosófica), que tende mesmo que sutilmente, no final das contas, responder até quando não responde.
Assumir uma falta de resposta para alguma questão sempre foi mais prudência, responsabilidade e gentileza do que efetivamente uma consciência de não ter o que dizer sobre boa parte das interrogações.
A sensação de mais cedo ou mais tarde encontrar uma explicação é boa e preenche de alguma maneira o incômodo com o não compreendido. Não digo isso no sentido de que havia uma pretensão soberba de responder a tudo e a todos, mas na direção de que internamente tinha a convicção de que em algum tempo seria esclarecido aquilo que era velado. Porém, estou mais do que nunca convicto da seguinte verdade:- Existem perguntas que não têm respostas.
Esta noção se consolida num tempo de perda e de dor para muitas pessoas e comigo não é diferente. Perdi uma pessoa especial e não há qualquer explicação para a perda. O Giovani foi uma referência/exemplo na minha adolescência e continuará sendo para toda posteridade. Não por ser uma pessoa perfeita, ninguém é, mas por ser uma pessoa diferente. Uma pessoa diferente que fazia a diferença. E são as pessoas que fazem a diferença que fazem mais falta quando partem e nos deixam. Por que o mundo sem elas também já não é o mesmo. Existe a dor da sua falta e a alegria do seu exemplo.
É neste aspecto que nos resta se apegar. No exemplo de quem já não está mais conosco e que promoveu alguma diferença em nossas vidas, que nos marcou e, por isso mesmo, deixa muitas saudades. Eu tenho refletido e questionado o fato, mas também lembrado que a grande preocupação de meu amigo foi deixar um legado e isso, sem dúvida, como poucos, ele conseguiu. Que bom ter essa certeza! Que bom saber que isso o deixaria muito satisfeito e feliz!
A lição que fica não é nova, não é surpresa e é até clichê, a saber, que o que vale a pena na vida não são as posses, a posição social e mesmo se você alcança ou não o reconhecimento em vida (tenho certeza que por muitos ele recebeu), mas que a vida que a gente leva é uma vida que vale a pena ser vivida. Não tenho dúvidas que esta vida é a que o Giovani levou, pois é isso que marca a saudade segundo a convicção que tenho. Para tantas outras coisas, agora eu sei, existem perguntas que não têm respostas.
Maravilhosa reflexão
ResponderExcluirVerdadeira e emocionante
Que falta nos faz este amigo forte e leal
Que lá do céu continue nos aconselhando e orientando
👏👏👏❤️
ResponderExcluirVerdade meu irmão!
ResponderExcluir❤🙏
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