"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver". (Dalai Lama)
Não! Não quero aqui defender o imediatismo. Também não tenho por pretensão defender princípios hinduístas ou de qualquer outra religião, mas quero, sim, estabelecer uma certa forma de coerência entre o discurso e a prática. Como bem sabemos a distância entre a fala e a prática sempre existiu desde os tempos mais antigos. No entanto, estamos em certo momento de nossa história que essa realidade tem que ser ultrapassada e, principalmente, transformada.
O que mudou no mundo desde a Conferência de Copenhague para cá? Pouca coisa, para não dizermos nada. O meio ambiente continua sendo destruído, o mundo continua sendo devastado, pessoas continuam morrendo da fome. Como já mencionei, não é uma questão imediatista, mas sim uma questão de cidadania e necessidade.
Nesta atual tragédia no Haiti toneladas de alimentos esperam por liberação dos governos enquanto, sabe lá quantos, estão a ponto de morrer da fome. Não precisamos ir tão longe. Aqui, onde resido, em Santa Catarina aconteceu a mesma coisa. Alimentos acabaram estragando pela falta de organização do governo.Tudo passa e é esquecido muito rápido no mundo em que vivemos. Até hoje, tem gente morando em abrigos comunitários sem mínimas condições de moradia e sem qualquer dignidade para com as pessoas.
No Haiti o que vimos? governos se prontificando a mandar soldados, alimentos e, enfim, inúmeras coisas que acreditavam ser necessários. A pergunta é: Qual a necessidade de identificar que inúmeros sacos de feijão ou arroz é dos Estados Unidos, do Brasil ou de qualquer outro país? Para que a bandeira? Enquanto a humanidade não erguer uma única bandeira continuaremos dessa forma.
É preciso parar com isso! Vamos parar de querer nos promover as custas dos outros. Vamos parar de prometer, e fazer algo logo. Vamos parar de ouvir discursos bonitos, com palavras bem escolhidas mas que não levam a ação nenhuma. Chega de bandeiras. Chega de partido. Chega de placa de igreja. Chega de vã religiosidade.
Esqueçamos do ontem, deixemos o amanhã e nos preocupemos com o agora, com o presente. Não por questões ou vontades tolas e imediatistas, mas por necessidade. Necessidade de nos ajudar, de nos auxiliar e de levantarmos uma única bandeira. A bandeira da solidariedade, do amor ao próximo, e do cultivo para com a terra.
Levantemos a voz para dizer não aos inúteis discursos e sim para as, extremamente úteis, ações e feitos da humanidade para o bem comum. Que esse anseio e desejo de tantos outros se torne uma realidade logo. Ergamos a bandeira da humanidade.
por: Douglas Weege
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