Parece-me que o desejo que está por trás de cada palavra, por nós entoada, é o de convencer o outro. Não será esta minha tentativa neste exato momento? Não sei!
Queremos convencer, pois temos a "certeza" de que estamos certos. Temos a plena convicção de estarmos no caminho certo. Mas não paramos para nos perguntar: E se estivermos errados?
Se estivermos errados, convencemos a tantos outros a abandonar sua outra forma de pensar, sua outra forma de ver as coisas e, consequentemente, sua outra forma de viver. Ora, fazemos com que o outro mude o curso de sua vida para um erro. O erro de acreditar no que falamos.
Se estivermos certos, podemos não convencer aos outros. Já que para os outros nossa audácia de achar que estamos certos possa ser entendido como um exuberante orgulho e soberba que muitas vezes não enxergamos diante do espelho.
Ora, afinal estou certo ou errado em tudo que estou pensando? Não sei, pois se estiver errado estou certo e se estiver certo posso estar errado.
Sim, eis aí a mazela nossa de cada dia. O Eu. Este sim é meu pior inimigo, pois me tenta em cada minuto a adorá-lo. Me faz acreditar religiosamente que está certo, quando pode não estar.
Este Eu que sou eu é simultaneamente outro para mim. Muitas vezes, o Eu que está em mim não é meramente o outro, mas o totalmente outro, ou seja, o completamente desconhecido. Portanto, sendo desconhecido não merece adoração. Não sendo adorado também não é cultuado, pois não pode ser cultuado o que não se conhece. Quando isso acontece não passa de mera ficção, não passa de uma fantasia tola, não passa de mera religiosidade. Por isso, deixei de lado o Eu que está em mim para buscar quem necessito que esteja em mim.
Busco agora o que não me tenta, mas me prova com seu ato de bondade.
Busco o que não precisa provar que está certo quando está de fato.
Busco o que se faz conhecido sem luzes, nem fumaça e muito menos holofotes.
Busco o que se faz presente quando não vejo e nem sinto, mas está alí.
Busco o que é uma realidade e verdade independentemente de mim.
Busco, enfim, o que está por vir já estando aqui.
por: Douglas Weege
Se estivermos certos, podemos não convencer aos outros. Já que para os outros nossa audácia de achar que estamos certos possa ser entendido como um exuberante orgulho e soberba que muitas vezes não enxergamos diante do espelho.
Ora, afinal estou certo ou errado em tudo que estou pensando? Não sei, pois se estiver errado estou certo e se estiver certo posso estar errado.
Sim, eis aí a mazela nossa de cada dia. O Eu. Este sim é meu pior inimigo, pois me tenta em cada minuto a adorá-lo. Me faz acreditar religiosamente que está certo, quando pode não estar.
Este Eu que sou eu é simultaneamente outro para mim. Muitas vezes, o Eu que está em mim não é meramente o outro, mas o totalmente outro, ou seja, o completamente desconhecido. Portanto, sendo desconhecido não merece adoração. Não sendo adorado também não é cultuado, pois não pode ser cultuado o que não se conhece. Quando isso acontece não passa de mera ficção, não passa de uma fantasia tola, não passa de mera religiosidade. Por isso, deixei de lado o Eu que está em mim para buscar quem necessito que esteja em mim.
Busco agora o que não me tenta, mas me prova com seu ato de bondade.
Busco o que não precisa provar que está certo quando está de fato.
Busco o que se faz conhecido sem luzes, nem fumaça e muito menos holofotes.
Busco o que se faz presente quando não vejo e nem sinto, mas está alí.
Busco o que é uma realidade e verdade independentemente de mim.
Busco, enfim, o que está por vir já estando aqui.
por: Douglas Weege
Bem interessante Douglas. Tudo que está fora do que eu penso ser certo, considero como o errado. Ainda bem que existem um caminho a ser seguido, onde encontramos a verdade e a vida. Tá de parabéns!!
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